Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), em análise divulgada na quinta-feira (21), no Brasil, os preços do trigo permaneceram estáveis na última semana. No Rio Grande do Sul, a média fechou em R$ 68,15/saca, enquanto no Paraná os valores oscilaram entre R$ 77,00 e R$ 79,00/saca.
De acordo com a análise, a colheita brasileira de trigo avança, mas confirma perdas, principalmente no Sul do país. No Paraná, a quebra é estimada em 36%, com o volume total reduzido para 2,3 milhões de toneladas, frente às 3,8 milhões de toneladas colhidas em 2023, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral).
No Rio Grande do Sul, embora a produtividade regional varie, especialmente no Noroeste, com médias entre 35 e 40 sacas por hectare, o estado deverá contribuir com 4,1 milhões de toneladas, amenizando parte das perdas nacionais. Entre os estados fora das regiões Sul e Sudeste, Goiás se destaca como o maior produtor, com expectativa de colher 234 mil toneladas, reforçando sua importância no cenário nacional do trigo.
No levantamento mais recente, o Conab mantém a estimativa de que o Brasil produza 8,1 milhões de toneladas de trigo em 2023/2024, mesmo com os desafios climáticos. Esse total incluiria 2,4 milhões de toneladas no Paraná, 423,5 mil toneladas em Santa Catarina, e volumes menores em estados como Minas Gerais e São Paulo.
Apesar disso, análises do mercado sugerem que o volume final pode ser mais próximo de 7,5 milhões de toneladas, abaixo das 8,1 milhões registradas no ano passado. A colheita segue sob monitoramento, enquanto os preços se ajustam à realidade de oferta e demanda no país, conforme apontou o Ceema.
Fonte: Agrolink
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