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A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) divulgou nesta quinta-feira (10) uma nova atualização do monitoramento do La Niña, com 60% de probabilidade para confirmação neste trimestre de setembro a novembro. De acordo com o que consta no relatório, as previsões indicam um fenômeno de intensidade fraca, curta duração e, com isso, uma menor influência no clima durante o verão brasileiro.

Atualmente ainda vigora o chamado período de neutralidade, quando nem o La Niña nem o El Niño estão ativos. Segundo a NOAA, durante o último mês de setembro, a temperaturas da superfície do mar ficou próxima da média na maior parte do Oceano Pacífico Equatorial, Central e Oriental.

Média da temperatura do oceano Pacífico no dia 2 de outubro
Média da temperatura do oceano Pacífico no dia 2 de outubro. Fonte: NOAA

Conforme explica a NOAA, as condições de La Niña existem quando há uma anomalia da temperatura da superfície do mar negativa de -0,5°C ou menos, pelo período de um mês, no quadrante do Oceano Pacífico denominado de região Niño-3.4, localizado em 5° N – 5° S, 120° W – 170° W.

Para a configuração do El Niño é necessário uma situação semelhante, porém com uma anomalia positiva da temperatura do Pacífico no quadrando Niño-3.4, de 0,5°C ou mais. A confirmação dos fenômenos também acontece com uma resposta atmosférica observada sobre o Pacífico Equatorial.

Por esse motivo, a NOAA aponta para águas ainda aquecidas, o que reduz a intensidade do fenômeno. “A pluma IRI prevê uma La Niña fraca e de curta duração, conforme indicado pelos valores do índice Niño-3.4 menores que -0,5 °C. As últimas previsões do NMME foram mais quentes este mês, mas ainda preveem um La Niña fraca”, explicou a agência.

Portanto, com uma menor intensidade do La Niña, a NOAA espera uma menor probabilidade dos impactos convencionais durante o inverno do Hemisfério Norte e verão do Hemisfério Sul. Além disso, o fenômeno deve permanecer apenas entre o trimestre de janeiro a março do próximo ano.

“Uma La Niña mais fraca implica que seria menos provável que resultasse em impactos convencionais de inverno, embora sinais previsíveis ainda pudessem influenciar a orientação da previsão. Em resumo, La Niña é favorecida para surgir em setembro-novembro (60% de chance) e deve persistir até janeiro-março de 2025”, pontuou a NOAA.

Fonte: Notícias Agrícolas