Conforme a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue parado, com interesse de compra apenas de estados vizinhos como Paraná e Santa Catarina. No mercado da safra velha, os moinhos gaúchos, bem abastecidos, aguardam a nova safra para voltar a negociar.
Os vendedores pedem R$ 1.200,00 FOB para trigos com PH mínimo de 77 e qualidade panificável, mas esses preços não são alcançados, e os moinhos preferem não indicar valores no momento. No mercado futuro voltado à exportação, o cenário segue as tendências globais, impactado pela possibilidade de uma “guerra ampla” e a seca na Rússia, o que elevou os valores a R$ 1.300,00 para entrega em dezembro, com pagamento em 10 de janeiro de 2025, durante o melhor momento do câmbio futuro.
Em Santa Catarina, os moinhos estão atentos à safra gaúcha de trigo, observando preços e condições para tentar reduzir custos. No entanto, enquanto a colheita em volume não se inicia no estado, a alternativa tem sido buscar abastecimento no Paraná. Os preços médios da pedra ficaram em R$ 75,33 em Canoinhas, R$ 72,67 em Joaçaba, R$ 70,00 em Rio do Sul, R$ 73,00 em São Miguel do Oeste e R$ 76,50 em Campos Novos, refletindo a busca por um equilíbrio nos custos.
Já no Paraná, há movimentação com trigo gaúcho e importado do Paraguai. O trigo paraguaio tem sido negociado a R$ 1.365 CIF em Cascavel e R$ 1.445 CIF em Ponta Grossa. O mercado local registrou negócios a R$ 1.410 CIF no Oeste do estado, enquanto, em Ponta Grossa e região, os valores oscilaram entre R$ 1.430 e R$ 1.450. Alguns vendedores, entretanto, aguardam cotações de até R$ 1.500 FOB, enquanto compradores indicam R$ 1.350 para outubro e R$ 1.300 para novembro, demonstrando um mercado ainda em ajuste.
Fonte: Agrolink
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