Uma nova semana começa para os preços da soja na Bolsa de Chicago com algumas perdas sendo registradas. Nesta segunda-feira (7), por volta de 6h15 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 6,50 e 7 pontos nos principais vencimentos, com o novembro sendo cotado a US$ 10,30 e o maio/25 a US$ 10,79 por bushel.
Os futuros do grão mais uma vez acompanhava o movimento do farelo, que perdia mais de 1% na manhã de hoje. O óleo também operava em campo negativo, porém, com perdas mais tímidas, de pouco mais de 0,3%, ainda encontrando suporte na alta do petróleo, de mais de 2% nesta segunda.
O mercado da soja em grão permanece focado na América do Sul, em especial no plantio brasileiro, que deve melhorar com a chegada das chuvas previstas para os próximos dias, em especial na faixa central do país. De acordo com as últimas informações da Pátria Agronegócios, até a última sexta (3), a semeadura da oleaginosa estava concluída em 5,28% da área.
Em 2023, o montante plantado chegava a 10,08%, em 2022 era de 11,15% e na média dos últimos 05 anos foi de 8,87% para este período do ano.
“A lenta chegada de chuvas a região central brasileira mantém o menor avanço de plantio da série histórica, situação gerada principalmente pelo atraso observado no Mato Grosso. O Paraná segue liderando o avanço do plantio nacional em 2024”, destaca a Pátria.
Do mesmo modo, os traders também permanecem à colheita norte-americana, que já passa dos 30% da área e conta com condições de clima bastante favoráveis para acontecer, bem como aguarda pela volta da China do feriado da Semana Dourada, nesta terça-feira, dia 8.
As questões geopolíticas também permanecem no radar, com os conflitos geopolíticos ainda no foco central das preocupações.
Nos EUA, atenção ainda ao furacão Milton, que já ameaça a costa da Flórida, podendo alcançar a categoria quatro e provocar a maior evacuação de pessoas do estado em sete anos.
“Devemos observar daqui para frente as previsões climáticas e o comportamento dos fundos, verificando que tendência os mesmos vão adotar. O clima da América do Sul vai direcionar os preços daqui para frente, disso não temos dúvida. A demanda do momento não é capaz de impulsionar os preços, é preciso para isso, algo mais profundo e neste momento apenas o clima pode modificar a tendência de baixa da soja em CBOT”, afirma o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Fonte: Notícias Agrícolas
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