O mercado do milho realiza lucros nos pregões desta sexta-feira (7), tanto na B3, quanto na Bolsa de Chicago, depois de ganhos expressivos na sessão anterior. No Brasil, os futuros do cereal perdiam entre 0,5% e 0,7%, com o setembro valendo R$ 60,84 e o janeiro/25, R$ 68,12 por saca. Já na CBOT, as baixas eram de pouco menos de 1%, com o julho sendo cotado a US$ 4,49 e o dezembro, US$ 4,68 por bushel.
Na B3, o recuo acontece mesmo com o dólar voltando a subir frente ao real, novamente se aproximando dos R$ 5,30, diante desta necessidade de ajuste depois dos ganhos intensos ontem. Ainda assim, segue de olho na colheita da segunda safra brasileira acontecendo em um ritmo mais lento do que o normal para o período, além de uma irregularidade considerável nas médias de produtividade que vem sendo reportadas.
Do mesmo modo, os agentes do mercado não desviam as atenções dos impactos que o setor de grão já sente com as mudanças no PIS/Cofins, vindas com a MP 1.227/24. A liquidez diminui muito no país nos últimos dias, as empresas compradoras de grãos se retiraram dos negócios e deixaram o cenário ainda mais incerto e inseguro. A medida foi refletida até mesmo pelos negócios em Chicago, com as cotações tendo subido mais de 3%.
Na análise diária do portal norte-americano Farm Futures, a analista de mercado Jacqueline Holland afirma que “a medida é a mais recente de uma série de confrontos do presidente Lula, que testa uma relação já controversa com a poderosa economia agrícola brasileira. O Congresso Nacional é mais facilmente influenciado pelo lobby do agronegócioe poderá derrubar a ordem de Lula da Silva nos próximos quatro meses”.
Até que mais informações sejam conhecidas e os impactos se mostrem mais claros, o mercado internacional de grão também não deixa de acompanhar as condições de clima no Meio-Oeste americano, que até este momento não traz preocupações muito graves para o caminhar da safra 2024/25.
Fonte: Notícias Agrícolas
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