Nesta quarta-feira (6), Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos, impulsionando o dólar, que registrou um aumento de 1,5% – a maior alta diária desde maio de 2020. Esse fortalecimento, já esperado pelo mercado, reflete o movimento de investidores que direcionaram seus ativos para a economia americana. “Um dólar forte afeta diretamente outros mercados, como o de commodities, e embora essa valorização já fosse prevista, a intensidade surpreende”, afirma Thiago Davino, analista da Agrinvest Commodities.
Segundo Davino, a tendência é que o dólar continue forte no curto prazo, impulsionado pela política protecionista de Trump, com tarifas de importação elevadas e restrições à imigração. Contudo, ele alerta para possíveis efeitos inflacionários: tarifas podem encarecer produtos importados e a falta de mão de obra pode aumentar custos no mercado interno. “No curto prazo, o dólar tende a seguir forte, já que os investidores buscam os juros dos títulos americanos e o mercado de ações. Mas, a longo prazo, um dólar muito valorizado pode prejudicar a competitividade das indústrias americanas, o que deve resultar em uma desvalorização gradual da moeda para estimular a economia interna,” explica Davino.
Fonte: Notícias Agrícolas
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